quarta-feira, 23 de junho de 2010

Relógio Interno 2

Autor: Andrew Bennett Helmann Tradução: Nilza Laiz Nascimento da Silva

"Os níveis de vasopressina aumentam durante o sono e cai a atividade dos neurônios que regulam

Alerta da sede

Trudell e Bourque testaram a hipótese de que a baixa atividade do relógio interno pode permitir que os neurônios osmossensoriais ativem mais facilmente os neurônios liberadores de vasopressina, o que significaria maior retenção de água e menor produção de urina durante o sono.
Para realizar tal tarefa, eles isolaram fatias finas do cérebro de ratos contendo neurônios sensoriais intactos, neurônios liberadores de vasopressina e "neurônios - relógio" [neurônios reguladores do relógio interno]. Mesmo depois de removidos do cérebro, os "neurônios - relógio" continuaram a marcar o tempo.
A seguir, a dupla de pesquisadores estimulou os neurônios sensoriais e registrou a atividade elétrica nos neurônios liberadores de vasopressina a fim de monitorar a comunicação entre os dois grupos de células. E então, observaram o efeito das "células- -relógio" neste circuito.
Quando eles não ativavam as "células-relógio" durante o período de sono, a comunicação entre as células sensoriais e as células liberadoras de vasopressina era mais fácil. Ao contrário, quando eles ativavam as "células-relógio", esta comunicação diminuía notadamente.
Os resultados sugerem que as "células- relógio" funcionam como um regulador da água.
Quando sua atividade está alta, elas impedem que as células sensoriais orientem as células secretoras para liberar vasopressina. E quando as "células-relógio" estão menos ativas, as células sensoriais conseguem facilmente instruir as células secretoras para liberar o hormônio, garantindo assim que o corpo mantenha suas reservas de água.
Colwell salienta que esse estudo foi realizado com ratos, que são animais noturnos. Embora o ciclo da vasopressina e a atividade dos neurônios do relógio biológico sejam semelhantes nos seres humanos e nos ratos, permanece a questão de se o mesmo mecanismo se aplica para as espécies que dormem à noite.
"Mostramos esse mecanismo para este circuito, mas é possível que os neurônios-relógio regulem outros circuitos de maneira semelhante; isso, contudo, precisa ainda ser estudado", afirmou Bourque. Ele conjeturou que estudos futuros poderão revelar se o mesmo mecanismo regula a fome, a sonolência e outros aspectos fisiológicos relacionados aos ritmos circadianos.

Revista Psique

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